Estranhos Atratores

SOS Paranapiacaba vai ocupar a Paulista contra o Porto Seco

Serra do Mar sob ataque!

O movimento SOS Paranapiacaba vai realizar um ato no vão do Masp, na avenida Paulista, em São Paulo, contra a implementação de um Centro Logístico – porto seco – no entorno da vila histórica ferroviária de Paranapiacaba, (Santo André-SP). A manifestação, que terá aula pública e apresentações culturais, ocorrerá no próximo domingo, 5, a partir das 10h.

O empreendimento “Centro Logístico Fazenda Campo Grande” prevê desmatar uma área equivalente a 90 campos de futebol, cerca de mil quilômetros quadrados de Mata Atlântica. O impacto ambiental será gigantesco, provocando poluição, desmatamento, desaparecendo com mais de 80 nascentes, perda de fauna, flora e biodiversidade local. Uma vez implantado o porto seco trará para a região um fluxo de aproximadamente 1.200 caminhões por dia.

“A serra do mar e a vila de Paranapiacaba são patrimônios do Brasil e é dever de todos lutar pela preservação de ambas. Por isso marcamos nosso ato na paulista. O porto seco em Paranapiacaba não é apenas um problema local, do município de Santo André, o empreendimento ameaça o patrimônio histórico nacional (a vila é tombada pelo IPHAN, CONDEPHAAT e CONDEPHAAPASA) e o pouco que resta da mata atlântica na região metropolitana de São Paulo. O local, preservado como está hoje, tem valor histórico, cultural, material, imaterial e ambiental inestimáveis, por isso, convido todos à manifestação deste domingo”, afirmou Jairo Costa, pesquisador, ativista do SOS Paranapiacaba e integrante do Condephaapasa (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico de Santo André).

Batalha jurídica

No início de 2021, o Tribunal de Justiça de São Paulo reverteu o embargo que proibia a construção do empreendimento naquela região, expedido pela 1ª Vara da Fazenda Pública que suspendeu o avanço da obra em 2019. O movimento agora recorreu ao STJ e ao STF contra o projeto de devastação ambiental.

A construção do empreendimento fere a Luops (Lei de Uso e Ocupação do Solo) e o Plano Diretor da Cidade de Santo André, da qual a vila – que é tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico do estado de São Paulo) e pelo Comdephaapasa (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André) – faz parte.

A manifestação tem como objetivo chamar a atenção do paulistano e da mídia para esse problema e conquistar novos defensores da causa. O SOS Paranapiacaba defende o patrimônio histórico, cultural e ambiental da vila, erguida em 1860, atualmente com quase mil habitantes e localizada dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, a uma hora da cidade de São Paulo. 

SOS Paranapiacaba

O movimento SOS Paranapiacaba nasceu há três anos na cidade de Santo André no exato momento em que começaram a circular as notícias da construção do Porto Seco na região da Vila.

Ao longo desses anos, já realizou inúmeras atividades, atos, debates e palestras a fim de discutir e esclarecer os impactos do empreendimento para a região e aos moradores do entorno, que abrange ainda as cidades de Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires.

A partir de um diálogo franco com a sociedade, o movimento passou a mobilizar e agregar diversos moradores, ambientalistas, ativistas e a sociedade civil em geral que se preocupa com a preservação e o futuro do Planeta.

Para apoiar e participar desta causa, acesse as redes do movimento

@movimentososparanapiacaba

@sosparanapiacaba

Serviço

Ato contra a construção do Porto Seco na região de Paranapiacaba

Avenida Paulista, em frente ao Masp

Dia 5 de dezembro

A partir das 10h