Estranhos Atratores

Ecofalante – Festival de cinema socioambiental tem 98 filmes grátis e online

Em edição virtual, o mais importante evento dedicado à tematica ambiental apresenta 98 filmes de 24 países.

Por Ecofalante/Assessoria

De 12 de agosto a 20 de setembro, a Mostra Ecofalante de Cinema chega à sua 9ª edição de forma totalmente online e gratuita. A programação do mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais reúne 98 títulos, muitos deles inéditos no Brasil. No total, estão representadas as cinematografias de 24 países.

Soldados da Borracha. Imagem: Divulgação


A grade de programação prevê novidades diárias, com até 11 diferentes sessões por dia. Ao longo das seis semanas do evento, os títulos ficam disponíveis sempre às 15h00, por períodos de 24 horas, com até cinco dias de exibições cada um.
“Em junho deste ano já tivemos a experiência de realizar um festival online com o Especial Semana do Meio Ambiente, em parceria com a plataforma Videocamp, que contou com cinco filmes e seis debates exibidos no Facebook e no YouTube. Tivemos sessões em 490 cidades do Brasil e a participação de quase 30 mil pessoas nos filmes e debates”, conta Chico Guariba, diretor do festival. “Agora, levaremos nossa programação para três plataformas com o objetivo de democratizar ainda mais o acesso e atingir novos públicos”.

“Nove Águas”, Gabriel Martins, Quilombo dos Marques. Imagem: Divulgação.


Todas as exibições e entrevistas poderão ser acessadas na plataforma Ecofalante pelo endereço www.ecofalante.org.br e os debates serão transmitidos ao vivo no Facebook (facebook.com/mostraecofalante) e no Youtube (youtube.com/mostraecofalante). Os filmes também poderão ser acessados pela Videocamp e pela Spcine Play.
Os filmes programados trazem a assinatura de cineastas consagrados, como os brasileiros Lírio Ferreira (“Acqua Movie”), Daniela Thomas (“Tuã Ingugu (Olhos d’Água)”), Jorge Bodanzky (“Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra”), Wolney Oliveira (“Soldados da Borracha”), Estêvão Ciavatta (“Amazônia Sociedade Anônima”) e Petrus Cariry (“A Jangada de Welles”).
Estão incluídas obras selecionadas em eventos internacionais de prestígio, como o Festival de Cannes, onde foram apresentados o francês “Botando pra Quebrar”, de Lech Kowalski, exibido na Quinzena dos Realizadores, e o brasileiro “Indianara”, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa, que concorreu à Palma Queer.
Estiveram na programação do Festival de Berlim “Patrimônio”, coprodução México/EUA dirigida por Lisa H. Jackson e Sarah Teale, o belga “Ma’Ohi Nui”, de Annick Ghijzelings, e o brasileiro “Estou me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar”, de Marcelo Gomes.
Passaram pelo Festival de Sundance “Jawline: Ascensão e Queda de Austyn Tester”, de Liza Mandelup, e “Dolores”, de Peter Bratt, ambas produções norte-americanas. Já na programação do Festival de Roterdã, na Holanda, foram incluídos o britânico “O Futuro do Trabalho e da Morte”, de Sean Blacknell & Wayne Walsh, e o brasileiro “Perpétuo”, de Lorran Dias.
Considerado o mais importante festival de documentários do mundo, o IDFA-Amsterdã exibiu “Golpe Corporativo”, coprodução Canadá/EUA dirigida por Fred Peabody, o francês “Os Senhores da Água”, de Jérôme Fritel, o polonês “A Baleia de Lorino”, de Maciej Cuske, o alemão “Olá, IA”, de Isa Willinger, “Indústria Russa” (República Tcheca), de Petr Horky, o colombiano “Suspensão”, de Simón Uribe, e o argentino “Suquía”, de Ezequiel Salinas.

“O Mês Mais Quente”, Brett Story.


Tradicional evento dedicado ao cinema documental criado em 1969 em Nyon, na Suíça, o festival Visions du Réel teve participação de “Tomates, Molho e Wagner”, longa-metragem grego de Marianne Economou, o chileno “Deus”, de Christopher Murray, Josefina Buschmann e Israel Pimentel, do colombiano “O Delegado”, de Samuel Moreno Alvarez, e “Os Despossuídos”, coprodução Canadá/Suíça dirigida por Mathieu Roy, todos incluídos na 9ª Mostra Ecofalante de Cinema. E no canadense Hot Docs, o maior festival documental da América do Norte, foram apresentados o iraniano “Exodus”, dirigido por Bahman Kiarostami (filho do importante cineasta Abbas Kiarostami), “Vulcão de Lama” (EUA), da vencedora do Oscar Cynthia Wade, aqui em parceria com Sasha Friedlander, o canadense “Beleza Tóxica”, de Phyllis Ellis, o sueco “Push: Ordem de Despejo”, de Fredrik Gertten, “O Mês Mais Quente”, coprodução EUA/Canadá assinada por Brett Story, e “Ouro da Morte”, produção da África do Sul dirigida pela dupla Catherine Meyburgh e Richard Pakleppa.
Entrevistas, debates, masterclass e formação Uma série de dez entrevistas com diretores internacionais com filmes nesta edição da Mostra Ecofalante de Cinema é disponibilizada ao longo da programação. Com condução da jornalista Flávia Guerra, a série já tem confirmados os cineastas Lisa F. Jackson e Sarah Teale (de “Patrimônio”, México/EUA), Cynthia Wade e Sasha
Friedlander (“Vulcão de Lama”, EUA), Fredrik Gertten (“Push: Ordem de Despejo”, Suécia), Jérôme Fritel (“Os Senhores da Água”, França), Marc Pierschel (“O Fim da Carne”, Alemanha ), Cosima Dannoritzer (“Ladrões do Tempo”, Espanha/França), Marianna Economou (“Tomates, Molho e Wagner”, Grécia) e Jared P. Scott (“A Era das Consequências”, EUA).

“Amazônia Sociedade Anônima”, Estêvão Ciavatta. Imagem divulgação.


Também serão realizados debates virtuais, reunindo ativistas, cientistas e especialistas que discutem, entre outros temas, ativismo, consumo, economia, emergência climática, povos e lugares, tecnologia e trabalho. Entre os convidados estão a arquiteta e urbanista Raquel Rolnik, a ativista Preta Ferreira (MTST), Rodrigo Agostinho (Frente Parlamentar
Ambientalista), Malu Ribeiro (Coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, Ailton Krenak (liderança indígena), Ricardo Abramovay, professor de ciência ambiental na USP e sociólogo, Fabiana Alves (especialista de mudanças climáticas do Greenpeace Brasil), a ativista e jornalista Rebeca Lerer, Mário Mantovani (SOS Mata Atlântica), Paloma Costa Oliveira (Coordenadora do Engajamundo e assessora do ISA), o
sociólogo Ricardo Antunes, Eduardo Santos, ativista vegano (Vegano Periférico), Rita von Hunty (do canal YouTube Tempero Drag) e Fábio Malini (professor e pesquisador sobre ciência de dados da Universidade Federal do Espírito Santo).

“Tuã Ingugu (Olhos d’Água)“, Daniela Thomas. Imagem diuvulgação.


Os debates serão realizados sempre às quartas-feiras e sábados, conforme a
programação abaixo:


15/08 (sábado), às 19h: Economia – Financeirização do Mercado Imobiliário
19/08 (quarta), às 19h: Economia – Privatização da água e interesses corporativos
22/08 (sábado), às 17h: Emergência climática – Emergência climática e o Green Deal
26/08 (quarta), às 19h: Ativismo: Ativismo em tempos não-democráticos
29/08 (sábado), às 19h: Trabalho: Aceleração da precarização e Sinais de
Resistência
02/09 (quarta), às 19h: Povos e Lugares: Migrações no século 21
05/09 (sábado), às 19h: Consumo: É possível mudar o paradigma do consumo?
09/09 (quarta), às 19h: Tecnologia: Qual é a real influência dos influencers?
A programação inclui ainda uma Masterclass com Cristina Amaral, responsável pela montagem de filmes de diretores como Andrea Tonacci, Carlos Reichenbach, Edgard Navarro Filho, Carlos Adriano, Guilherme de Almeida Prado, Lina Chamie, Denoy de Oliveira, Joel Yamaji e Raquel Gerber, entre outros. A masterclass acontece no mês de setembro, em data e horário a serem anunciados. Já uma atividade de formação é ministrada pelo cineasta e curador Francisco Cesar Filho, diretor dos longas-metragens
“Augustas” e “Futuro do Pretérito – Tropicalismo Now!” e organizador de diversos eventos.
Em aula aberta a interessados, são abordados aspectos ligados à organização de mostras e festivais, como a formatação de projeto, curadoria, produção e comunicação, entre outros. A data, assim como o processo de inscrição dos interessados, serão divulgados oportunamente.

Acesse a programação completa