Estranhos Atratores

“Febre Amarela” veio pra ficar! – Jairo Costa

Por Jairo Costa

Fotos: Samuel Cruz, Leandro de Villa e Jairo Costa.

Vídeos:  Clovis Mendes StageStruck1

No fim de agosto de 2017, Estranhos Atratores e Revista MORTAL foram convidados  a se juntar (pela segunda vez) aos amigos Pézão, Du Motta, Mariângela Carvalho, Carlos Motta mais Claudio Cox e compor o festival Febre Amarela, evento que comemorou o aniversário  do “74 Club” entre os dias 28 e 29 de outubro.

O plano-guerrilha do festerê era objetivo: fazer uma celebração do espaço que em seus 8 anos de existência já abriu seu porão para a apresentação de mais de 1000 (MIL) bandas dos quatro cantos do planeta, tornando o “74” uma referência inquestionável no cenário da música independente de São Paulo.

Foto: Jairo Costa.

O sol ainda brilhava na vila Alpina, bairro onde se localiza o “barraco”, quando ocupamos a mesa de bilhar com nossos livros e revistas e de lá acompanhamos os desdobramentos da celebração que tinha dia, mas não tinha hora para acabar.

Quem deu início à maratona de música foram os Dj’s, que se revezaram nas pickups. No sábado o camarada  Alexandro Marques botou a primeira bolacha pra girar, sendo seguido por Laura Macoriello, Gregor Izidro( Mongobeat) e Ailton de Oliveira. No domingo, Claudio Cox deu play, sendo abatido por Marcelo Viegas, Mauricio Rato e Vini Marchette.

Claudio Cox – Foto: Jairo Costa.

Durante os dois dias o “Febre” também abriu espaço para outras ações relacionadas ao mundo alternativo e contou com a presença de  “Rock para Pequenos”, que expôs livros e acessórios. O brechó “Dê um Rolê” expôs roupas,  Albano Mendes levou LPs, Viegas “Desapego” vendeu CDs, Tatiana Zanellato e Daniel Melim levaram material do Studio Treze e a “Bread Flag” de Aline Soliani emocionou geral com suas sensacionais empanadas.

Bread Flag – Foto: Jairo Costa.

Com cerveja gelada, comida gordurosa e bebidas quentes á granel, o “74”, patrimônio culturas de Santo André, começou a receber seu grande público que supero as duas centenas de participantes e contou com 8 bandas autorais dos mais variados estilos.

Vai começar: um, dois, e lá vão os três!

O primeiro dia:

Por volta das 19h a escada de madeira do porão do 74 começou a ficar movimentada, com o público se dirigindo ao “palco” da casa, pronto para descobrir o que a edição terceira do “Febre Amarela” tinha de melhor.

Baquetas afiadas, baixos em grave, guitarras com distorção! Os primeiros desabafos da noite de sábado foram proferidos pela banda “Os estilhaços”, da Zona Leste de São Paulo. O som dos “Estilhaços” tem Influencia psicodélica e garage punk.

Logo depois foi a vez da banda “Derrota”, de Americana – SP. “Derrota” trouxe um som post-rock instrumental.

Na sequencia a banda “Der Baum”, de SBC, ocupou o porão, trazendo um som  que mistura new wave e pós punk. Der Baum fez um show vibrante e altamente dançante.

Fernanda Gamarano – Banda Der Baum. Foto: Samuel Cruz.

Fechando a primeira noite, o Febre Amarela presenteou o público com “The Biggs”, banda com mais de 20 anos de estrada e que se movimenta entre o grunge punk, alternative rock, riot punk e stoner rock. O power trio fez um som explosivo e contagiante, que só as melhores bandas de rock sabem fazer.

E Domingo continuou a pedrada

No segundo dia, a abertura do “Febre Amarela” ficou por conta de “Giallimbos”, uma improvisação jazzística com integrantes das bandas “Giallos”, “Vermes do limbo” e Rob Ranches. Impossível descrever o show, um dos melhores de todo evento (tocaram alto pra caralho! Ótimo para um surdo, como eu).

Na sequência veio “Emicaeli” (psicorockmetalgrungesnowave) , “Thee Dirty Rats”  com um som garage rock/new wave que me lembrou dos tempos que frequentava o extinto “Madame Satã” e encerrando o festival, “Corona Kings” (Maringá – PR), quase botou o porão do “74” a baixo.

Aprovação total

Entre um e outro gole na cerveja gelada do barraco, pude conferir a empolgação dos frequentadores do “74” e seu contentamento com as atrações do festival. O espectro sonoro ali apresentado demonstra que a organização do evento manja muito do riscado.

Conversando com o público, muitos falavam: “aqui é minha segunda casa”. Outros comentavam os shows, outros sobre antigas aventuras passadas no bar amado…

O “Febre Amarela” terminou na madrugada de segunda-feira com dezenas de pessoas muito felizes, que levaram para casa um sorriso no rosto e um zumbido nos ouvidos.

Antes de encerrar, uma justificativa pela demora na resenha: esperei o grande Clovis Mendes subir suas filmagens no YouTube para eu poder ilustrar este texto.

Neles vocês conseguirão sentir o drama das duas noites mais fodas dos últimos tempos.

O rock não morreu e o “Febre Amarela” veio para ficar!

Até a próxima edição, pessoal!

Festival Febre Amarela por Clovis Mendes (StageStruck1):

Os estilhaços

Derrota

Der Baum

The Biggs

Giallimbos

Emicaeli

Thee Dirty Rats

Corona Kings